“Matsu nunca prometeria parar de chorar. Acalmara, mas sabia bem que a felicidade se compunha da soma de muita tristeza também”.
Valter Hugo Mãe, Homens Imprudentemente Poéticos
Meus últimos textos falaram sobre diversas formas de exercitar nosso cérebro para sermos mais positivos com relação à vida e a nós mesmos. Mas tem dias que é uma merda. E é justamente sobre os dias de merda que vamos falar hoje.
Temos mesmo que falar disso, Mariana? Sim, temos. Porque fingir que não ficamos tristes, com raiva, ou que temos qualquer outro tipo de emoção negativa não é saudável. Ignorada e varrida para debaixo do tapete, a negatividade vai se acumulando, se prolongando e gerando marcas cada vez mais profundas na gente.
O importante é entender que a tristeza, o medo, a ansiedade e a raiva não são
necessariamente sentimentos ruins. São dores que nos ajudam a amadurecer e criar resistência emocional (do mesmo jeito que os músculos doem quando malhamos).
Mas como lidar com esses sentimentos? Um bom conselho é aprender a expressá-los. O livro mais vendido de 2018 (até o momento) aqui no Brasil, "A Sutil Arte de Ligar o Foda-se", do americano Mark Manson, dá um bom exemplo de como fazer isso.
“O truque com as emoções negativas é o seguinte: 1) demonstre-as de uma maneira socialmente aceitável e 2) expresse-as de forma que se alinhe com seus valores. Um exemplo simples: um dos meus valores é dizer não à violência. No entanto, quando eu fico puto com alguém, eu demonstro essa raiva, mas também faço um esforço para não socar a cara dela”. OK. Essa é uma ótima dica para ser praticada daqui em diante. Mas... E o que fazer com os monstros do passado? Estou falando de pessoas que causaram algum mal a você lá atrás e que ajudaram a construir esse monte de crenças negativas que ficam perturbando sua cabeça.
Pois chegou a hora de encarar essas feras!
EXERCÍCIO
Faça uma viagem no tempo e escolha três inimigos da sua autoestima. Liste essas três pessoas e seja bem específico ao descrever as situações complicadas que envolveram vocês. Reconhecer feridas e chorar por elas, mesmo que tardiamente, liberta e traz crescimento. E tem mais! Grandes histórias podem surgir desse exercício. Vai que você descobre um talento escondido aí?
“Eu tenho habilidade de fazer histórias tristes virarem melodia...”
Charlie Brown Jr.
#FicaDica: É normal que esses exercícios criativos despertem não apenas três, mas vários monstros guardados em sua memória. Portanto, se daqui algum tempo você sentir que há mais inimigos a serem confrontados, repita o exercício. ;)
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